O catalisador desta fusão explosiva será certamente o sistema monetário internacional, ou antes, o caos monetário internacional que se agravou ainda mais desde a catástrofe que atingiu o Japão em Março último e diante da incapacidade dos Estados Unidos para enfrentar a exigência da redução imediata e significativa dos seus défices imensos.
O fim da Quantitative Easing 2, símbolo e factor da fusão explosiva em preparação, representa o fim de uma época, aquele em que o "US dólar era a divisa dos Estados Unidos e o problema do resto do mundo": a partir de Julho de 2011, o US dólar torna-se abertamente a principal ameaça que pesa sobre o resto do mundo e o problema crucial dos Estados Unidos.
O Verão de 2011 vai confirmar que a Reserva Federal dos EUA perdeu a sua aposta: a economia estado-unidense de facto jamais saiu da "Muito Grande Depressão" em que havia entrado em 2008 apesar dos milhões de milhões de dólares injectados, como sabe igualmente a imensa maioria dos americanos. Sem poder lançar (mesmo oficiosamente, através dos seus Primary Dealers, como fazia de facto enquanto o mundo não acompanhava muito atentamente o mercado do Títulos do Tesouro dos EUA), o Fed vai portanto contemplar impotente a subida das taxas de juros, a explosão do custo dos défices públicos estado-unidenses, o mergulho numa recessão económica agravada, o afundamento da cotação das bolsas e um comportamento errático do US dólar, evoluindo a curto prazo como dentes de serra, ao sabor das influências destes diferentes fenómenos, antes de cair brutalmente em 30% do seu valor como antecipámos no GEAB nº 54 .
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